Novo projeto de lei abordará compensação tributária, fintechs e apostas esportivas Novo projeto de lei abordará compensação tributária, fintechs e apostas esportivas
Novo projeto de lei abordará compensação tributária, fintechs e apostas esportivas Novo projeto de lei abordará compensação tributária, fintechs e apostas esportivas

Novo projeto de lei abordará compensação tributária, fintechs e apostas esportivas

O governo prepara um novo projeto de lei para tratar da compensação tributária, da tributação de fintechs e das apostas esportivas online, após a queda da MP 1.303/2025. A proposta deve endurecer regras de uso de créditos de PIS/COFINS, revisar o regime fiscal de instituições financeiras digitais e elevar a carga sobre o setor de “bets”, com foco em aumentar a arrecadação e reduzir renúncias. Fintechs, plataformas de apostas e empresas com grandes carteiras de créditos precisam ajustar projeções, revisar contratos e fortalecer controles de compliance fiscal para se adequar ao novo cenário regulatório.
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outubro 21, 2025

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CONTEÚDO

    Fernando Haddad confirma envio de iniciativa para tratar de tributos e compensações no setor financeiro e de entretenimento

    O governo anunciou o envio de novo projeto de lei que reunirá dispositivos relativos à compensação tributária, fintechs e apostas esportivas (“bets”), como resposta à derrubada da MP 1.303/2025. O anúncio marca a continuidade da agenda fiscal em setores considerados estratégicos e sensíveis do ponto de vista da arrecadação e da regulação.

    Escopo da iniciativa

    • O novo PL englobará regras para instituições financeiras digitais e fintechs, com destaque para a tributação destas entidades e a eliminação de tratamento diferenciado ou reduzido atualmente percebido.
    • Em relação às apostas esportivas online, a iniciativa prevê aumento da alíquota sobre operações de “betting”, com arrecadação adicional estimada em bilhões de reais para o próximo exercício.
    • No campo da compensação tributária, o PL incluirá normas mais rígidas para aproveitamento de créditos de PIS/COFINS por empresas, estabelecendo critérios de elegibilidade, vedando créditos sem vínculo com a atividade econômica e preparando o terreno para melhor controle da renúncia fiscal.

    Implicações práticas para as empresas

    • Fintechs e instituições de pagamento que hoje se beneficiam de alíquota reduzida ou tratamento diferenciado deverão ajustar suas projeções tributárias e governança corporativa para possíveis mudanças de regime.
    • Empreendimentos que operam no setor de apostas online precisam revisar seus modelos de negócio, considerando o impacto de aumento de tributação e novas obrigações de compliance tributário.
    • Companhias que exploram créditos de PIS/COFINS ou que possuem grandes carteiras de compensação devem avaliar a nova norma como possível gatilho para revisão de estratégia, provisão de contingência ou mudança de política de compensação.

    Riscos e pontos de atenção

    • A tramitação do PL em ambiente político sensível pode implicar em concessões ou alterações de última hora, o que exige de empresas cenário de incerteza e flexibilidade operacional.
    • A mudança de tratamento tributário para fintechs e apostas pode gerar impacto competitivo: caso tributos sejam majorados ou benefícios reduzidos, haverá efeito sobre custos, margens e possivelmente sobre oferta de serviços.
    • A área de compensação tributária poderá ganhar foco regulatório reforçado — beneficiários de créditos devem revisar documentação, estrutura de aproveitamento e processo de auditoria interna para mitigar risco de autuação.

    Recomendações para adequação

    1. Mapear os impactos estimados no setor: fintechs, instituições de pagamento, apostas e empresas que utilizam créditos tributários intensamente.
    2. Simular o efeito das mudanças em diferentes cenários: com e sem transformação do regime tributário, aumento de alíquota, restrição a créditos.
    3. Ajustar contratos e modelos societários: fintechs e plataformas de apostas devem revisar sua estrutura jurídica, contratos de remessa ou serviços e cláusulas de compliance tributário.
    4. Integrar áreas de compliance, contabilidade, fiscal e jurídico para acompanhar a tramitação, preparar documentos e simular provisões ou contingências.
    5. Monitorar cronograma legislativo: identificar a data de envio, as comissões envolvidas, os prazos de votação e eventuais emendas que possam alterar substancialmente o formato da iniciativa.

    O envio do novo projeto de lei evidencia que o governo está redirecionando a agenda fiscal para setores financeiramente relevantes e que apresentam riscos de renúncia ou tratamento diferenciado. Para empresas de fintechs, apostas ou que utilizam créditos de PIS/COFINS, tratar a mudança como inevitável e antecipar ajustes será vantagem competitiva. A adaptação tributária deixa de ser opcional e passa a ser componente estratégico de governança corporativa.

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