Receita Federal prevê liberação de APIs para testes da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) em novembro Receita Federal prevê liberação de APIs para testes da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) em novembro
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Receita Federal prevê liberação de APIs para testes da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) em novembro

A Receita Federal anunciou que liberará em novembro as primeiras APIs de teste da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), permitindo que empresas integrem seus sistemas à nova plataforma tributária. A medida marca o início da fase técnica da reforma do consumo e exige preparação imediata das áreas de TI, fiscal e contábil. A integração antecipada garantirá vantagem operacional às empresas que testarem o modelo antes da produção plena do novo tributo.
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Jornada da Reforma Tributária
novembro 11, 2025

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CONTEÚDO

    Etapa técnica da reforma tributária entra em nova fase: sistemas dos contribuintes começam a se conectar à nova plataforma

    A Receita Federal programou disponibilizar, já em novembro, as primeiras APIs gratuitas da estrutura de testes da CBS. Essas interfaces de programação permitirão que sistemas corporativos se conectem automaticamente à plataforma da administração tributária para envio e recepção de dados no ambiente de testes.

    O que isso significa

    • As APIs são componentes essenciais para operacionalizar o novo modelo de tributação do consumo: permitem que ERPs e softwares de faturamento das empresas se comuniquem diretamente com o sistema da CBS, garantindo que o tributo, quando entrar em vigor, possa ser apurado e informado de maneira automatizada.
    • A fase piloto sinaliza que o governo visa atingir maturidade técnica antes de acionar a produção plena do modelo. Essa maturidade inclui a integração “máquina-a-máquina” entre contribuinte e fisco, redução de tarefas manuais e maior agilidade operacional.
    • A iniciativa espelha práticas de administração tributária que priorizam cooperação, transparência e tecnologia, alinhadas ao conceito de “Administração Tributária 3.0”, em que a automação e a interoperabilidade são pilares da conformidade.

    Impactos para empresas

    Para empresas de todos os portes, a liberação das APIs exige atenção imediata:

    • Os departamentos de TI deverão preparar-se para conectividade, integração e testes; não se trata apenas de habilitar o novo tributo, mas de garantir que os sistemas internos estejam prontos para receber, processar e enviar dados ao sistema da CBS.
    • As áreas fiscal e de contabilidade precisarão revisar os processos de emissão de documentos fiscais, apuração de crédito e débito, e as obrigações acessórias, considerando que o novo tributo exigirá novo formato de comunicação.
    • Para empresas com software próprio ou que dependem de sistema terceirizado, será essencial ativar ação de testes com antecedência, para validar campos, estruturas de dados e simular cenários antes da vigência plena.
    • A liberação gratuita indica que a Receita está estimulando a participação antecipada das empresas no piloto, o que configura oportunidade para que aquelas que entrarem cedo colham vantagem operacional e minimizem riscos quando o tributo for efetivado.

    Riscos e pontos de atenção

    • Apesar da programação para novembro, o ambiente ainda será de testes: a utilização não garante que o tributo já esteja em produção, o que exige que empresas mantenham fallback e plano de contingência para os sistemas atuais.
    • A integração automática pressupõe desenvolvimento técnico adequado; falhas nessa fase podem gerar atraso de conformidade quando o novo regime entrar em vigor.
    • A interação com múltiplos sistemas ou entes (federação, estados, municípios) torna este ciclo de implementação mais complexo e exige robustez de governança tributária e de TI.
    • Embora o anúncio indique tratamento colaborativo, o prazo exíguo indica que equipes internas devem priorizar esforços de preparação desde já.

    Recomendações para ações imediatas

    1. Estabelecer um comitê interno entre as áreas TI, fiscal e contábil para definir cronograma de testes das APIs da CBS.
    2. Verificar se o software de emissão e apuração tributária da empresa já contempla atualização para o novo modelo da CBS e se o fornecedor está programado para aderir aos testes.
    3. Simular cargas, envios e recepções de dados usando ambiente piloto para mapear vulnerabilidades e ajustes necessários; documentar processos e lições aprendidas.
    4. Preparar plano de transição: definir data-alvo interna para adoção da nova apuração, considerando períodos de paralelismo entre o regime atual e o novo.
    5. Atualizar políticas de governança tributária para incorporar adequações tecnológicas, obrigações acessórias e fluxos de integração, garantindo visibilidade ao conselho ou à diretoria.

    A liberação em novembro das APIs para o sistema piloto da CBS marca uma etapa decisiva da reforma tributária do consumo: de planejamento e promessa, o processo avança para a execução técnica. Para empresas, esta é uma janela crítica de adaptação. As que se anteciparem a esse ciclo de testes estarão melhor equipadas para enfrentar o novo modelo com segurança operacional e competitiva.

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