Relator insere normas de compensação tributária da MP das aplicações no PL do metanol Relator insere normas de compensação tributária da MP das aplicações no PL do metanol
Relator insere normas de compensação tributária da MP das aplicações no PL do metanol Relator insere normas de compensação tributária da MP das aplicações no PL do metanol

Relator insere normas de compensação tributária da MP das aplicações no PL do metanol

O relator do PL do Metanol incluiu no texto normas de compensação tributária originalmente previstas na MP 1.303/2025, buscando reaproveitar parte da medida. As novas regras tratam de créditos de PIS/COFINS e declarações indevidas, com estimativa de arrecadação de R$ 10 bilhões em 2026. A tramitação acelerada exige que empresas revisem políticas de compensação e documentação fiscal, antecipando ajustes para evitar glosas e riscos de autuação caso as novas exigências sejam aprovadas.
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Jornada da Reforma Tributária
novembro 11, 2025

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CONTEÚDO

    Medida busca reaproveitar parte da MP 1.303/2025 por meio de projeto em tramitação

    O relator do projeto que trata da adulteração de bebidas — o chamado “PL do Metanol” — optou por incluir no relatório referências às regras de compensação tributária que constavam da MP 1.303/2025 (MP das aplicações financeiras) para dar novo fôlego a dispositivos que ficaram inviabilizados após a queda da medida provisória. A inclusão foi publicada na edição mais recente do parecer.

    Conteúdo da inclusão

    • Foram previstos critérios para que sejam consideradas declarações indevidas aquelas em que se utilizaram documentos de arrecadação inexistentes ou em que créditos de PIS/COFINS foram aproveitados sem ligação direta com a atividade da empresa.
    • A estimativa de arrecadação vinculada a essa regra é de aproximadamente R$ 10 bilhões já para o próximo ano, caso o dispositivo venha a ser aprovado no texto legislativo.
    • A estratégia legislativa consiste em aproveitar o PL em tramitação, que conta com regime de urgência, para incorporar partes da MP que apresentavam menor resistência política, separando-as dos pontos mais controversos como aumento de alíquotas e novas taxações.

    Implicações para o planejamento tributário

    • Empresas que contam com créditos de PIS/COFINS ou que adotam compensações devem revisar suas políticas internas em função do risco de que novas regras de elegibilidade sejam aprovadas e impactem o aproveitamento desses créditos.
    • O fato de que a regra está agora no PL do Metanol — que tem agenda de votação relativamente acelerada — pode antecipar a vigência ou a necessidade de adequação prévia, reforçando a necessidade de contingenciamento de riscos.
    • A segmentação legislativa (separar as normas de compensação das normas de aumento de tributos) indica que o debate será bifurcado, o que exige da área tributária das empresas vigilância sobre duas frentes: a “compensação” e as “alíquotas”.

    Riscos operacionais

    • A alteração legislativa impede que se considere apenas como hipótese de futuro distante: a tramitação acelerada do PL pode reduzir o tempo disponível para adaptação e gerar necessidade de provisão.
    • A forma como a regra será detalhada (exigências de documentações, critérios de relação com a atividade, prazos de transição) ainda está indefinida, o que exige flexibilidade nos sistemas e nos registros contábeis das empresas.
    • A mera inclusão no relatório não garante aprovação final ou cronograma imediato — há risco de postergamento ou modificação de escopo, o que complica o planejamento.

    Recomendações para as empresas

    • Fazer simulações de impacto considerando cenários com e sem aprovação da regra de compensação, para avaliar potenciais efeitos sobre caixa e base tributável.
    • Revisar os créditos de PIS/COFINS em carteira, avaliando sua documentação, origem e potencial de aproveitamento condicionado às novas regras.
    • Engajar as áreas fiscal, contábil e societária para alinhar os procedimentos internos com possibilidade de mudança normativa, ajustando contratos, apropriações de crédito e estratégia de compensação.
    • Monitorar de perto o andamento da tramitação do PL, inclusive o cronograma de votação e eventuais emendas substitutivas, para antecipar alterações e evitar surpresas.

    A inclusão das regras de compensação tributária da MP das aplicações financeiras no PL do Metanol representa um movimento estratégico para o governo viabilizar parte da sua agenda de arrecadação e reestruturação fiscal. Para os contribuintes, isso impõe urgência na revisão de créditos, na governança fiscal e na preparação dos sistemas internos. Empresas que anteciparem essas adaptações terão vantagem em segurança operacional e tributária.

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